Se há filme que me marcou neste sentido foi o "Eternal Sunshine of
the Spotless Mind" ("Despertar da Mente", em português) pois aborda de
uma maneira sublime e extremamente bela a ideia do facilitismo aparente
do esquecimento. Se no início do filme estamos desejosos de que aquele
método de cura para o coração partido seja real, no fim, damos por nós a
viver as “dores” de Joel, a torcer pela sua escapatória à ruína das
ternas memórias que tem com Clementine, a miúda do cabelo azul que fez o
que ele não foi capaz de fazer: esqueceu-o. O ser humano tem destas
coisas, na hora de esquecer agarra-se ao mau, às lágrimas, às
discussões, alimenta ódios e raivas ignorando por completo que a melhor
maneira de se superar algo (um amor, uma morte, etc.) é deixar que as
memórias boas se instalem, ocupem lugar, curem, libertem.
*Para ler na integra clicar.
Adorei o filme! Por vezes temos mesmo de viver essas sensações menos boas para depois darmos valor às que realmente valem a pena.
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