Milan Kundera é um dos meus autores preferidos, já li inúmeras obras suas, que ao longo do tempo perduram nas minhas memórias e de onde destaco a Insustentável Leveza do Ser, e a Imortalidade, dois grandes livros que um dia hei-de reler,
14 anos depois Milan Kundera volta a escrever, desta feita A Festa da Insignificância traduzido para português pela escritora Inês Pedrosa.
A melhor definição que encontrei do livro foi a do Le Monde: "Um livro leve como as plumas que voam. O autor de A brincadeira diverte-se e oferece ao seu leitor uma festa da inteligência. Um romance que finge a leveza para voar ainda mais alto.”
Trata-se da história de quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido e que pode ser visto como um resumo de toda a obra de Kundera. Há mesmo quem diga que Kundera com mais experiência volta a explorar o tema da Insustentável Leveza do Ser.
O livro fala de um novo elemento de sedução feminino, o umbigo que simboliza uma sociedade que já não se centra no outro, mas em que as pessoas se centram em si mesmas, uma sociedade egoísta!
Mas será insignificante a insignificância?
“A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está connosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la”.
Parece-me ser realmente muito interessante, pelos temas abordados.
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